Sunday, June 10, 2007

redes radiantes


As redes são ubiquidade capturante.

As redes são conectividade polposa.

Os nós das redes são pontos de negociação com o acaso.

A autoridade infiltra-se como algo a que nos habituamos a frequentar.

As redes não são uniformes, e regra geral, a maior parte das conexões é estupidificante – a potencialidade é uma ilusão e a passagem à prática é sempre selectiva – devemos desembaraçar-nos entusiasticamente da infinidade de possibilidades substituindo-a por uma «boa quantidade» que doseie interesses banais e de manutenção com brilhantes excentricidades.

A composição músical, sobretudo na visão terrivelmente aberta das musicas contemporâneas, é a melhor forma de percebermos a organização do mundo enquanto rede de afectações.

O busto das coisas provoca uma impressão consistente.

A potencialidade que as conectividades encenam é decepcionada por um uso hierarquico ou banalizante.

Preferimos ligar-nos a algo que é familiar do que a algo exótico – o que não quer dizer que não o façamos circunstancialmente.

A conectividade é muito mais uma especialização do que uma generalização.

Há mais eventos parvos do que improváveis – e este luxo é difícil de suportar, embora seja confortável.

O futuro tecnológico é grisalho. O passado tecnológico é curiosidade museológica.

As redes também são catastróficas.

A nossa habilidade para forjar contraconcepções.

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