Sunday, June 10, 2007

a combinação do cofre


Se duvida sobre a singularidade da sua cabeça, nós garantimos-lhe uma segunda.

Os limites do pensamento são as capacidades de gestão dos nossos corpos assim como das máquinas que os porlongam.


A literatura forja por vezes úteis puzzles de algo que não é pensamento, mas apenas aclimatizações de imagens e palavras.


Haverá questões que não nos digam respeito apesar de termos a pretensão de ser filósofos?

O conhecimento depende sobretudo do seu cimento.
A linguagem é algo que parte do corpo em busca dos reconhecimentos que é suposto outros corpos retribuírem com afectos.

A harmonia entre o pensamento e a realidade, não só é hiperpolifónica como abunda em polirrítmicas desarmonias.


A lógica lava-se bem, e muitas vezes é bem capaz de limpar o sebo a muita gente.

Antigamente o homem espantava-se, hoje espantalha-se.

Com alegres tolices se escalam os evarestes da intiligência.

As nossas observações tanto podem ser adequadas ou inadequadas – é a variedade de situações que torna isso decisivo.

A filosofia é o abastardamento da intiligência através de refinamentos lógicos e retóricos.


A filosofia é um ladrão tentando encontrar a combinação com que roubará o cofre da sabedoria.


Mesmo as grandes proezas acabam por ser prosaicas presas da mais pedante prosápia.


Não são as questões que me atormentam, mas são os turbilhões que me questionam.

Uma tragédia começa quando outra tragédia acaba.


Felizmente não nos libertamos do bom senso, embora o possamos usar de um modo descondicionado.

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