Monday, November 06, 2006


A filosofia é a pseudo-disciplina que consiste em desacreditar os outros conceitos (dos outros) escarafunchosamente

A violência é o que gageja, mas não o que gargareja (e muito menos o que graceja)

Não queremos nem conhecer nem reconhecer as coisas, mas recolher através do irreconhecimento o que nelas não é conhecível

Enganamo-nos voluntáriamente nas lições da vida

Não nos fiamos no conteúdo seja de que pensamento for (sobretudo os mais nobres) e desconfiamos dos estilos que não sejam de sabotagem

Temos interesse em ser traídos pelos mais ridículos desejos

O espirito é identico à sua absolvição

Os hábitos contribuem para uma reforma antecipada das nossas subjectividades

O absoluto acaba mais tarde ou mais cedo por se identificar com o acaso, mesmo que se tenha que disfarçar de chinês

Um estilo limpido convém a quem tem espirito de empregada doméstica

A ausência (ou o nada) é uma representação filtrada pela teia da «negatividade». Do mesmo modo a ângustia, como jogo de atração com a ausência, é uma estrondosa e inflamada química.

Tornaste-te clandestino e espartano nas aparições mais fulminantes